A-ha!

Afinal, esta minha conversa não seria tão estapafúrdia assim!:

Reino Unido apresenta proposta para regulamentar conteúdos da internet

O Reino Unido apresentou uma proposta legislativa que visa proteger os utilizadores da Internet daquilo que considera tratarem-se de “conteúdos nocivos”. O termo engloba conteúdos que possam estar relacionados com exploração sexual de menores, violência, discurso de ódio, terrorismo ou incitamento ao suicídio. (…) O governo britânico pretende que redes sociais, motores de busca, serviços de mensagens e plataformas de partilha de ficheiros sejam regulamentadas por uma entidade independente. A este novo organismo seria concedido poder não só para aplicar multas milionárias às empresas que não cumprissem as novas leis como também para responsabilizar os próprios líderes. (…) As propostas, que o governo britânico considera tratarem-se das primeiras leis de segurança online mundiais, surgem numa altura em que tem vindo a aumentar a pressão mundial sobre as tecnológicas americanas no sentido de evitar a apresentação de conteúdos nocivos nas suas plataformas. Em declaração oficial, a primeira ministra britânica afirmou que pretende com estas leis “obrigar as empresas de Internet a assumir a responsabilidade pelas suas plataformas e o dever de manter as pessoas protegidas”. (…)

O “numerosa” em “família numerosa” explicado em imagem

Não é tão bom, ter os três terços de filhos doentes ao mesmo tempo? A caírem que nem tordos, uns atrás dos outros, a cada dois dias? Pois não. Mas passa-se nesta casa. O meu truque para enfiar os medicamentos, seja os antipiréticos, seja os granulados que se dissolvem em água, é o da seringada. Quando começam “ai ai ai”, já foi, já lá está ao fundo da goela, já não lhes resta mais nada senão engolir. Mas para que corra bem, não posso estar com aquele compasso de espera de quando não cabe tudo na primeira seringa. Então vou logo munida com duas ou três.

Vezes três, é este ridículo:

🤦🏼‍♀️

Atos de consideração

As festas de aniversário dos miúdos, hoje em dia, estão corrompidas, digo eu.

Eu vivi toda a vida a fazer anos durante as férias do Natal e dava graças a Deus por sequer ter amigos na minha festa, que o normal era irem “para a terra” passar o Natal. Festa essa que era em casa, claro está. Com bolos caseiros, ratos (lembro-me tão bem!) feitos de metades de pera que a minha mãe enfeitava com rabos, olhos e orelhas, com petiscos para adultos também, tudo preparado pela minha mãe, avós e tias! Quem vinha trazia-me um presente (a família até nem isso, porque sou daquelas que ouviu sempre o clássico “este é de natal e de anos, está bem, querida?” e portanto o meu presente de anos imiscuía-se no de Natal, passado havia um par de dias). Brincávamos muito lá por casa, zangávamo-nos, eu fazia birras do género “eu é que sou a dona da festa e portanto é como eu digo ou ninguém brinca”, iam todos para casa no fim e eu ficava feliz e contente, a comer as sobras com a família até ao fim de ano! Continuar a ler

food for thought – iCenas

Outro dia quis cancelar uma app e não consegui. “Estudasses”, né? Pois é, mas não é por aí. A questão é que o botão de cancelamento está tão escondido atrás de menus e submenus, cada um deles a pedir para validar as credenciais com ID e password, que, ouve lá, não era mesmo possível ao comum utilizador (não estou a falar de hi-tech geeks) chegar lá. É de propósito, claro. A app que se promete gratuita, afinal é um free trial de duas semanas, após o qual começas automática e discretamente (sem avisos ou notificações) a pagar para ter.

Ora isto vem a propósito do do costume, pois claro: a segurança nas redes ou a falta dela e a maneira leviana com que as utilizamos. Continuar a ler

Florença

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Fomos passar o fim de semana a Florença só os dois. Também é bom sair das rotinas do dia a dia, é da maneira que damos valor, não só àquilo que for que dá a pedrada no charco, como também à rotina em si. Já o ano passado tínhamos ido a Roma e não cheguei a escrever sobre isso. Mas estas escapadinhas de três dias são ótimas para conhecer uma cidade (ou para a visitar de novo) e são a medida q.b. para as saudades ;) Continuar a ler

Alzheimer

Podia ter sido um de nós na minha família a contar isto.

Confirmo os primeiros rituais de confirmação (“ai, já não sei se fechei a porta à chave, deixa cá ir ver. A pessoa faz tudo tão automaticamente que já nem sabe às quantas anda, hihi!…“), os primeiros disparates (como por o comprimido no copo de água em vez de o tomar, por ex), as primeiras faltas de higiene…

Confirmo o avanço galopante da doença, do género de, no espaço de um ano, passar da vida perfeitamente autónoma para a necessidade de vigília constante porque seria perigoso continuar a viver sozinha…

Confirmo a tristeza crescente de quem cuida à medida que o discurso – como o raciocínio – vão sendo cada vez mais raros… Confirmo a mutação da personalidade alergre e bem disposta, sempre com uma historieta para contar ou uma músiquinha para trautear, para uma maneira de estar decsonfiada, com medo, zangada e violenta. Violenta, sim. Confirmo os ataques de fúria e o atirar-se a bater em alguém ou a si própria, com as mãos na cabeça enraivecida. Confirmo a sensação de impotência e de derrota, como quem atira a toalha ao chão por já não poder mais sacrificar a sua vida, ainda útil, pela da mãe, já condenada. E o peso da culpa. Da culpa e do preconceito. “Um lar? Nem pensar! O que seria, agora, ir depositar a minha mãe, a minha mãe!!, a pessoa que me deu vida!!, num sítio qualquer…” Confirmo a degradação das relações familiares em redor. As acusações mútuas, o estado constante de discussão latente, a falta de paciência e os maus modos, porque já não há casal, até para se ir ao café ou se vai sozinho, ou a três, já nunca a dois porque alguém tem que ficar a cuidar, a tomar conta do bebé velho que fica em casa… Confirmo o resignar, o aceitar que já não se pode mais e que o melhor é entregar a quem cuide com know how especializado. (Mas depois andar lá dia sim dia não a checkar que sim, que é bem tratada.) Continuar a ler

Presente do indicativo

Diz que, quando chega a altura de pensar em atividades extracurriculares, o ideal é a natação porque faz bem a tudo (!) e uma arte marcial, principalmente se forem pequenitos (4, 5 anos, vá. antes disso também não vejo como é que precisam de atividades extra, mas isso sou eu.) porque ainda estarão muito na fase egocêntrica do “eu, eu, eu” e as artes marciais ensinam-lhes valores de respeito – pelos outros e pelas regras – de disciplina, autoestima, honestidade e de autocontrolo, tudo isto disfarçado de lutas, que é do que eles gostam. É perfeito!

Lá em casa começámos com o judo e este ano temos o taekwondo. Tenho assistido encantada a algumas aulas e adoro o “grito”: “Eu vou ser uma boa pessoa, com conhecimento na cabeça, honestidade no coração, força no meu corpo, fazer bons amigos e ser um fantástico cinto pretooooooo!” Não é lindo? E eles, pequenitos, com as mãos ainda sapudinhas a levarem-nas ora à cabeça, ora ao peito, ora fazendo músculo… a coisa mais querida! Continuar a ler

Rotinas = segurança = vida tranquila

Rotinas = segurança = vida tranquila. Alguém duvida disto?

Quando tens uma rotina, um padrão de comportamentos e acontecimentos, consegues prever o que vem a seguir, consegues planear, consegues minimizar o imprevisto e, portanto, tens uma sensação de segurança, de que tens o controlo, sentes a quietude do que é conhecido, está tudo bem e és feliz.

Pelo contrário, Continuar a ler