Florença

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Fomos passar o fim de semana a Florença só os dois. Também é bom sair das rotinas do dia a dia, é da maneira que damos valor, não só àquilo que for que dá a pedrada no charco, como também à rotina em si. Já o ano passado tínhamos ido a Roma e não cheguei a escrever sobre isso. Mas estas escapadinhas de três dias são ótimas para conhecer uma cidade (ou para a visitar de novo) e são a medida q.b. para as saudades ;)

Então e porquê Florença? Por uma coisa muito simples e prática: porque há voos diretos logo cedinho à sexta-feira (o que dá para lá chegar ainda durante a manhã e ainda aproveitar esse dia inteiro) e ao domingo ao fim da tarde (que também dá para passear o domingo todo). Além disso, era uma cidade que ambos não conhecíamos.

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Voltámos com a impressão de que é uma cidade-escola-de-arte! Em cada canto há esculturas, rendilhados nos prédios, bustos, revestimentos com um padrão em mármore, pinturas, eu sei lá… e, claro, grupos de estudantes de arte espalhados pelo chão a mirar em frente e a tentar reproduzir em papel cavalinho o que os seus olhos captam. O cúmulo do armazenamento de arte num mesmo espaço, eu diria, é o Palazzo Pitti, cujas paredes das não sei quantas salas e salões são cobertos – mas mesmo cobertos! tipo quase encavalitados uns em cima dos outros! – por quadros e retratos pintados pelos nomes mais sonantes da época renascentista dos Médici.

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Vamos a dicas, que o que visitar e a história da cidade encontras tu facilmente num qualquer blog especialista em viagens, não é verdade? Ora então vamos embora a elas:

1. Ir na época baixa.

Não só pela razão óbvia de que é tudo mais barato (vôos e alojamento), mas principalmente porque não há tanta gente! Lembro-me de lá andar a passear descontraidamente pelas ruas estreitas, de sentir as ruas bastante compostinhas de gente e de comentar “não imagino isto no verão!” Com o calor abrasador, as filas de espera para entrar em qualquer lado que são de horas, tudo aos encontrões e de gelados na mão, deve dar um belo sarilho! Ná. Escolher um fim de semana de inverno em que se preveja tempo seco (com chapéus de chuva também não se deve conseguir ver os rendilhados dos prédios). Nós tivemos a sorte de ter connosco o sol de janeiro, foi bem bom!

Ah! Além de que se apanha a época de saldos e, para quem também gosta de ver saltar etiquetas, isto pode ser relevante!

2. O Joy Hotel, da cadeia C Hotels.

Para uma estadia curta, excedeu-nos as expectativas, este Joy Hotel. Fica muito perto da estação central de comboios (não que isso interesse para quem chega de avião a Florença, porque não existe conexão entre o aeroporto e o centro da cidade por comboio, mas dá uma ideia da localização privilegiada) e paredes meias com a paragem dos autocarros que fazem o shuttle do aeroporto (e aqui, sim, já interessa bastante!) e dos autocarros que vão para os outlets às portas da cidade (não fui, sou fona, já sabes.). A poucos metros da Igreja de Santa Maria Novella e a uma distância perfeitamente razoável do centro de Florença. Fizémos sempre tudo a pé, aliás.

Simpatia dos empregados, limpeza dos quartos e das zonas comuns, cama e almofadas ótimas, decoração clean e confortável e – para mim super importante – um ótimo pequeno almoço! É tal e qual como nas fotografias que tínhamos visto antes e que, aliás, nos ajudaram a decidir ficar aqui. Sumos de fruta naturais, com as frutas da região, bolos caseiros, pão e croissants de verdade (versus aqueles que parecem de plástico), sementes e coisas dessas bio e saudáveis que agora estão na moda, tudo.

Além disto tudo, ainda nos passaram para a mão um “guia informal de Florença”, um livrinho mini que antecipa as perguntas que todos os clientes devem fazer nas portarias dos hotéis: “onde é que hei de ir jantar?”; “o que é que vale a pena fazer naquele bairro para além do que vem nos guias turísticos?”; “sem ser museus, o que é que vale a pena em Florença?”, etc Foi graças a este guia informal com as escolhas dos florentinos e do staff do hotel que, em vez de desanimarmos quando percebemos que já tinham esgotado os bilhetes para subir à cúpula da Duomo (sim, mesmo em época baixa, podem esgotar bilhetes. Daí dizer-te que não imagino aquilo no verão overcrowded!), embicámos imediatamente para o Palazzo Vecchio  – e aí vai a dica número 3. – e subimos antes à Torre di Arnolfo de onde pudémos apreciar a mesma vista aérea sobre Florença, se não até melhor ainda, porque nos aparece na paisagem a própria Duomo que, do topo da Duomo, não se vê! Palminhas para o livrinho do Joy Hotel com as dicas dos locals!

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4. A Toscana na comida e no vinho.

Lembra-te que os italianos não comem piza às refeições a não ser como prato complementar. Se a tua ideia é comer uma piza como prato principal, o melhor é ires então a uma “pizzeria” e não um “ristorante” (de conceito mais requintado), a uma “trattoria” (restaurantes familiares, onde a comida é caseira e com algum estilo) ou a uma “osteria” (tradicionalmente enotecas que passaram a servir também refeições ligeiras), porque, nestes, vai parecer rude não pedir uma entrada e/ou um “primo piato” além do “secondo piato”. Vai com fome!

Nós almoçámos no La Bussola, no Frescobaldi (cuja wc merece foto – abaixo) e no Mangia Pizza (sentados ao balcão a assistir à confeção) e jantámos no Gobbi 13 e na Osteria Pastella (em cuja montra para a rua está uma chef a fazer a massa artesanalmente e onde os pratos de pastas são feitos num queijo parmiggiano gigante em flambê e à nossa vista, na mesa). Não consigo dizer onde comi melhor e mais alarvemente. Nem tampouco em qual deles é que bebi o melhor tinto toscano…

Os florentinos não se embebedam em público jamais. Existe a tradição de parar numa enoteca para um copo de vinho a caminho do restaurante onde depois vão jantar mas não contes com bares e pubs típicos da Irlanda ou do Reino Unido por estas bandas.

5. Lufada de ar fresco nos Jardins Boboli para intervalar a arte.

Os jardins Boboli são “o quintal” do Palácio Pitti e existem bilhetes combinados para as Uffizi, o Pitti e os jardins. Principalmente no verão, pode ser um bom truque ir passear para ali. Nós fomos, aproveitando que tivémos a companhia do sol, mas não havia nada florido, claro, por isso admito que não venha tao impressionada com os Boboli como prometem os guias.

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Última dica, que até começou por ser a primeira, aproveitar os voos de manhãzinha à sexta-feira e ao fim da tarde de domingo para regressar, e já ficas com um belo passeio de fim de semana fora no papo! E, como dizia o meu avô, “o que a gente leva desta vida é o que gozou e um fato (que nem somos nós que escolhemos!), portanto mais vale gozá-la!”

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