Confiança, auto-estima e criatividade

Por falar em deixar subir e descer as escadas e não as ter com proteções até aí ao ano e meio (true story):

Não sei quem me ensinou, acho mesmo que é de mim. Sou assim, gosto de deixar experimentar e chegarem às suas próprias conclusões. Deixo a Júlia ganhar velocidade no escorrega para a ver desenvencilhar-se. Adoro o desembaraço dela! Sou mais de perguntar o que acham, como acham que podemos ficar a saber, do que de lhes adiantar factos e informações. “Onde moram os hipopótamos?”, “Boa pergunta! Onde achas? Já viste algum aqui na cidade? Como podemos ficar a saber?” E as ideias vêem. “No livro do J.!”, “vemos no computador”.

Acho que tem a ver com o facto de ter um respeito enorme pelos filhos, por não os ver como uma coisa minha, de que disponho para me satisfazerem os interesses e as vaidades, mas sim como alguém autónomo de mim, que eu dei ao mundo e agora estou cá só para ajudar porque eles são donos de si próprios (ou como diz o Manel no auge da fúria, “tu não mandas na minha cabeça!” Respondo sempre que tem razão e que, por isso mesmo, é que tenho que o educar para que a sua cabeça saiba escolher o melhor para si sozinha)

Espicaçar o corpo, ao deixar cair sem abandonar; espicaçar a mente, ao orientar em vez de ditar. Cá em casa somos pela imagem da direita.