Isto é o mais próximo de Baby-Led Weaning (BLW) que se vai praticar cá em casa:
(À minha amiga R., que a esta hora está a hiperventilar com as mãos na cabeça com medo que o menino se engasgue, uma palmadinha nas costas e o resto do texto rapidamente.)
Eu acho alguma graça ao conceito do BLW mas, como em tudo o resto, não sou fundamentalista e há coisas de que não partilho. Desde logo, acho que este método de introdução dos alimentos sólidos em vez de purés e papas só é compatível com uma disponibilidade total da mãe e só pode funcionar quando há amamentação em livre demanda em paralelo, para precaver as refeições em que os bebés mais brincam com a comida do que a ingerem de facto. Isto, mais do que um método de alimentação, é uma filosofia de vida e eu gosto da parte em que, com isto, eles partilham desde cedo a refeição em família, ganham autonomia e estão sempre responsáveis pelas suas escolhas. Também prefiro dar-lhes autonomia e o poder de decisão noutras vertentes da vida, seja a subir e descer escadas desde os primeiros passos (e aí vão as mãos da R. à cabeça oura vez), seja na pedagogia alternativa que a escola que escolhi para eles aplica. Mas a verdade é que isto implica tempo e paciência e eu não tenho, de facto, vida para isto. Em breve hei de voltar ao escritório e o garoto frequenta a creche, onde não há profissionais a dedicarem-se exclusivamente a um menino em BLW. Além de que sou um bocado freak com preocupações de que se alimentem, estou sempre a por-lhes mais um bocadinho “pró gato”, não abdico da sopa ao almoço e ao jantar, mesmo quando há MacDonald’s (é verdade, sou uma corta-barato!) e se o lanche foi mais fraco questiono-me logo mentalmente se estarão a crescer saudáveis! 😄
E a verdade é que toda a gente pratica um bocadinho de BLW, ora pensa lá bem: dar-lhe a ponta da banana para ele chupar (ou a banana em pedaços já sentado numa cadeira de comida, para que possa amassar, lamber, espremer, cheirar, enfim, experimentar!) não é muito diferente de lhe passar uma côdea ou uma bolacha para a mão só para o entreter (quem é a avós que nunca? 😉). Mas, pronto, dito isto, não vou praticar BLW com o Frederico, isto foi só uma brincadeira e uma mostra de como o terceiro já não é bibelot de cristal, é cobaia!!
(Podes respirar de alívio, R.)
Está demais! E com a devida referência em cada momento do texto em que levaria as mãos à cabeça! Muito bem!
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Uma pessoa, em conhecendo as amigas que tem, é assim.
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