Eu gosto de política e por isso é que não gosto de falar dela. É que a política é como a religião e o futebol: é uma coisa do foro da emoção e não do da razão e, portanto, por mais argumentos que se esgrimam, acaba sempre por ficar cada um com a sua.
Ainda acrescento que voto PSD e me sinto muito confortável no conservadorismo da direita.
Dito isto, também te digo que gosto bastante do António Costa. Não achei bonita a maneira como puxou o tapete ao Tozézucho, coitado, mas como também gostava desse e depois me desiludiu imenso, que acabei por o achar um tonto e um frouxo, a coisa compensou. Mas agora que lá está e que até já ninguém se lembra do Seguro, acho que pode bem vir a ser um bom PM (não tenho dúvidas de que o PS ganha as próximas legislativas. O povo não gosta das vergastadas que tem levado e não reconhece que precisava delas, por isso não dá valor a este governo e não acho que lhe dê voto de confiança para mais um mandato.).
Na entrevista da semana passada à Visão, achei-o conhecedor das pastas, com propostas concretas em vez daquele discurso sofrido e vazio de conteúdo, divertido e com sentido de humor, razoável e ponderado. Acho uma parvoíce não optar pela Maria de Belém que, só por ser mulher, arrancava logo a pintura aos outros “desconhecidos”, mas pronto, isso sou eu. Não sou de economia e não percebo nada de números, mas não percebo como é que o tira-daqui-põe-ali vai resolver alguma coisa, mas, mais uma vez, isso sou eu, que até sou pelas medidas de austeridade do atual governo. De resto, tirando uma ou outra tentativa de derrube do opositor, que o bom jornalista rapidamente refreou, achei uma boa entrevista, realmente “para anotar”, como diz a Visão na epígrafe.
E depois veremos.
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