O tempo do não fazer acontecer.

Às vezes abro uma página em branco, nas notas ou diretamente na app, e até tenho a ideia sobre o que quero escrever. Mas, se tenho tempo, prefiro não escrever. É irónico, porque só escrevo se tiver tempo. Mas a minha cabeça não prefere. Parece que sinto a preguiça dos neurónios prestes a terem que trabalhar para por as ideias em ordem, dar um princípio, um meio e um fim a um texto, dar-lhe um fio condutor e, de repente, a tarefa agiganta-se e a simples ideia que até queria por por escrito acabar por se assemelhar a toda uma tese académica de 420 paginas excluindo notas bibliográficas e… puff, vai-se a vontade. Fecho a página em branco, rejeito o rascunho e ficamos assim. Num desanimo. Numa falta de vontade. Se tenho tempo, prefiro não fazer nada. E depois dou comigo a queixar-me de que não faço nada.

E quem diz uma página em branco, diz tudo o resto. Até teorizo sobre fazer. Mas acabo sempre por não fazer. Não tenho tempo para fazer coisas acontecer e, quando tenho, prefiro preguiçar e assim é que não há nada feito.

Estranho(-me).

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