Autárquicas 2017

Eu sei que isto, em dia de rescaldo de eleições autárquicas, era de uma pessoa, já que vai voltar à toca, escrever umas linhas sobre o tema do dia em vez de estar com as graças dos filhos, não é verdade? Mas, então, o que é que queres?

*encolhendo os ombros*

Bom. Ora então temos que, como li algures, enquanto que na Catalunha vai preso quem quer votar, cá no burgo é eleito quem esteve preso. Com maioria absoluta. Qual é a questão? A mim parece-me a democracia a funcionar. Eu, depois do Trump, já não me surpreendo com nada. Aliás, até me choca mais que tenha sido eleito em 2009, quando era arguido, do que agora, em fase de reinserção após pena cumprida. E não é inédita esta expressão de lealdades a governantes pouco transparentes, basta recuar um pedacinho e trazer à memória os Gondomarenses e Felgueirenses, não é verdade? Oh, então e que dizer do Jardim na Madeira? Deixa. Não te apoquentes com isto que, eles que os elegeram, que levem com eles. (ou então não…)

Giro, giro foi ver a Assunção toda empolgada com Oliveira do Bairro, esse município tão estratégico e altaneiro. ‘Tou a brincar, a Sum-Sum tem toda a minha simpatia e, pelos vistos, a de grande parte dos Lisboetas também. É mulher, é nova, é bonita, fala pausadamente e é pouco arruaceira, é mãe e toda a gente se lembra dela grávida, Ministra e a gozar licença de maternidade… tudo isto faz dela “uma de nós”, tudo isto a afasta da politiquice feia e conflituosa que provoca asco a tantos de nós. Esteve muito bem, sessenhoras, palmas para o novo sangue da direita.

Já à esquerda, e por falar em sangue novo e gente gira, que me perdoe o querido Jerónimo, que eu imagino que isto de perder às dezenas e no Alentejo-terra-da-fraternidade-onde-o-povo-é-quem-mais-ordena, mas a esquerda deve celebrar, e em grande!, a vitória destacadíssima no campeonato das cadernetas com os cromos mais bonitos. Ó pra isto:

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E por aqui me fico, que, se não, tinha que recuperar aqui todo um verão e mais uns quantos meses de governação socialista e de estatísticas e já nem tenho o fio da meada, não saberia se começar por Pedrógão Grande, se por Tancos, se pelas recomendações de quem tem pouco que fazer, se pela “incompatibilidade” e “incompetência” dos nomes indigitados para administrar o regulador das comunicações, se pelas viagens ao Euro 2016, se pelas declarações de rendimentos dos administradores da Caixa, se, desde logo, pela maneira tão peculiar como se formou o atual governo e sua geringonça, ai… canseira. Fiquemo-nos, pois, com esta coisa aqui dos giros a andar à roda, ora um, ora outro, para deleite desta tarde. Cá beijinho.

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