A maior parte das coisas que aparecem naqueles grupos de mães do facebook dão-me vontade de rir e de me ir desvincular daquilo, mas depois lá aparecem vira e volta uns posts como este que me fazem ler os comentários todos até ao fim e demover da ideia de sair dali:
Não podia concordar mais: pais trabalhem em casa. Não há paciência para preconceitos nesta idade nem desculpas para uma educação homofóbica no século XXI.
Em minha casa, o meu filho veste cor de rosa e não é só para fazer pandant com a irmã, já tinha muita camisa rosa antes dela nascer e ainda esta estação vieram uns calções giríssimos da gap.eu em rosa também. No Natal de 2014 comprámos uma cozinha de brincar e não era para ela, seguramente, que tinha seis meses nessa altura. Dos pratos de plástico da Ikea, o favorito é o roxo (outro dia já me disse que antes queria o verde – SCP? :) – mas até aqui queria sempre o roxo). Gosta de ver A Princesa Sofia como gosta de ver o Bombeiro Sam e o Jake e os Piratas da Terra do Nunca e já não gosta de ver a Abelha Maia, por exemplo. É preferência pura, não é preconceito, portanto. E ainda a semana passada, depois de ter trazido uma tiara e uma varinha mágica de fada/princesa por 1,50€ da minha incursão pelo bazar chinês, ele quis levar aquilo para a escola. Ele. E levou, naturalmente. Ia na sua vidinha a subir as escadas quando se cruza connosco a mãe de um menino da sala dele: “então, Manel, trazes o brinquedo da mana?!“… :/ (curiosamente, ela, ao meu colo, trazia um carrinho na mão! :) )
A minha sorte é que, ao entrar na sala, a reacção da educadora foi a oposta: “Manel, hoje vais fazer magias?, mostra lá o que trazes aí!” e por isso estou descansada.
E também notei que os mais entusiasmados com o brinquedo eram, justamente, os rapazes. Imaginei que fosse porque as meninas estão cansadas de brincar com coisas do género e só por estarem bastante familiarizadas não se levantaram do chão, como os rapazes fizeram, para vir ver de perto o que era que o Manel trazia nesse dia.
Olha! Grave, grave, para mim, é esta miúda, aos quase 2, não ter ainda espírito fashion absolutamente nenhum, que se apresenta embuída de todo o seu esplendor nobiliárquico, de tiara na cabeça e ceptro na mão, e, no entanto… de pijama aos patinhos amarelos! :/
:D