Primeiro dia sem sesta na escola. Todos contentes porque se sentem crescidos, claro. Depois do almoço, quando foram encaminhados para a wc como todos os dias, desconfiados, cobraram das adultas a combinação de que não poriam as camas e que ninguém dormiria sesta. À noite, não tardou nem cinco minutos a adormecer, pois claro, esgotado, coitadinho.
Mas, antes, ao ir buscá-lo aos avós, assim num momento só a dois, em que alguém estava a entreter a irmã e ele me tinha ali disponível, toda atenções, nos tais pelo menos cinco minutos por dia!, diz-me meio zangado, com o tom de quem dá um castigo, e do nada, sem contexto anterior: “e amanhã já não vais buscar-me à escola, humpf!”. Arregalei o olho. Pois se eu nem o tenho ido buscar há meses, desde que se me acabou o horário de amamentação… o_O
-“Não, filho, quem vai é a avó F.!”
-“Não” (hum. será que está danado com alguma contrariedade que a avó lhe impôs?!)
-“Preferes que vá a avó N.?”
-“Não” (espera. estou-t’a ver…)
-“Tu queres que vá a mamã?”
-“sim…”
Ao meu filho este dia sem sesta pareceu-lhe interminável, essa é que é essa. Estranhou o tanto tempo que lhe pareceu estar a mais na escola sem que alguém o fosse buscar e, sem saber gerir a sensação de abandono, o que o consolava mesmo era que fosse eu a aparecer-lhe…
:(