O debate de ontem não foi um debate, foi uma espécie de concurso televisivo dos anos 80 em que a cada candidato eram atiradas perguntas com mais ou menos (muitas vezes com nenhum) nexo e cada um respondia o que bem entendia, não necessariamente à pergunta colocada. A sério, estava como que absorta a olhar para aquilo e só me lembrava dos concursos de misses, em que há um apresentador desconhecido que faz perguntas tontas a cada uma das finalistas e elas, muito sorridentes, se limitam a debitar as respostas previamente estudadas e decoradas.
O Marcelo completamente desenquadrado, claramente não é nestes meios popularuchos que está habituado a mover-se mas, vá, a burocracia da coisa obriga. Era tão mais fácil se passasse direto de Queluz para Belém… mas, pronto, diz que é preciso que as pessoas votem e, antes disso, que haja debate com os demais candidatos e assim… uma maçada mas, ok, vamos lá a isso, então… :/ *cara de frete*
A Marisa toda excitadinha – era a oportunidade dela de aparecer. Perguntava-se-lhe “o que acha do escaravelho da batata?” e ela respondia com as suas propostas para a problemática do desenvolvimento. Assim, com palavreado difícil e muito encalorada, debruçada sobre o púlpito, como se se tratasse de uma candidatura para legislativas.
O Tino, sem tino nenhum, a desprestigiar a outra (qu’é lá isso do “a partir de agora trato-a por tu”?! senti pena dela naquele momento, a sério.) e a espumar da boca (aargh, que nojo!! só por isso devia ser proibido de se candidatar a coisa alguma que obrigasse a contacto com o público). Para presidente da Junta de Rans, tá bom. A proximidade com o povo que deve ser condição para exercer o poder local está ali toda concentradinha. Mais que Rans, não, ok, Tino? É que já foi disparate o reality show. A Presidência nem pensar, ’tá bem? E, olha… tu vais ter muitos votos, deves ser até um dos mais votados. Mas tu não te envaideças (como me dizia a minha avó I. ao ouvido sempre que uma amiga dela me fazia uma festinha na cara e dizia “és tão bonita!”), tu não te envaideças porque não é bem que as pessoas te quisessem mesmo para nos representar a todos, sabes?, é mais que há uma grande parte da população que acha que, para se manifestar contra qualquer coisa ou quando não sabe o que fazer, é giro votar em branco ou desenhar piretes no boletim de voto ou votar em candidatos absurdos.
Não se podem interpretar silêncios nem ausências. Por isso não sei se a Maria de Belém esteve bem em não ter estado ou se, por outro lado, fica assente que, Belém, para ela, é só no nome.
Dos outros não reza a história, salvo talvez aquele momento em que Cândido Ferreira se atira a Sampaio da Nóvoa a escrutinar o seu curso de teatro, como se para ser palhaço fosse preciso um curso ou como se para se ser doutor neste país fosse preciso ter uma licenciatura. Até parece que o senhor doutor (de médico, ok, leve lá a bicicleta) esteve emigrado quando foi dos casos das licenciat…. dos estudos!, dos estudos de José Sócrates ou de Miguel Relvas, oh, por favor, senhor doutor…
Netflix. Avé, ó Netflix que te seguiste a isto que, se não fosse assim, se tivese dependido do debate, tinha sido em vão que tinha deitado as crias às oito e meia, nove para ter um serão televisivo!
Tão bom!! Ainda bem que não vi!! Assim tenho aqui um resumé!! :)) Beijinhos
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Nem mais!
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