Ontem, antes de sairmos para o jantar all inclusive no hotel, lembrei-me das coisas que leio sobre parentalidade positiva e, em vez de lhe pedir para não se portar mal, coisa vaga, dei conteúdo à ideia e disse-lhe baixo e baixando-me à altura dele: “filho, vamos combinar uma coisa?” – e com isto já lhe tinha captado a atenção, “sim”, com os olhos muito redondos – “vamos combinar que o Manel não se levanta da mesa, fica sentadinho virado pra frente, come tudo tranquilo, não grita e a mamã também não se zanga com o Manel, boa ideia? A ver se comemos todos sem zangar, combinado?”
A meio do jantar, que comeu lindamente sem se levantar, dizia-me “mamã, majeu não saí da mesa, não não!” E eu ia motivando “é verdade, o Manel está-se a portar tão bem, a mãe está tão contente! E não está a ralhar, pois não? É verdade, nós combinámos!” E à noite, antes de deitar, voltei a dizer-lhe que estava orgulhosa dele e feliz (uso mesmo estas palavras) porque tínhamos conseguido jantar em paz e sem tropelias nem zangas.
Corre melhor quando somos mais tolerantes. E, caramba, nas férias, que é quando supostamente temos a cabeça mais disponível, não há desculpa para não seres tolerante com o teu filho.
a dos coelhos 