Um não-post

Uma das coisas que me fez adiar tanto tempo aqui A Dos Coelhos era a chatice de ter que lidar com comentários ignóbeis. Por norma, são anónimos.

Isto de escrever para público desconhecido tem muito de dar o corpo ao manifesto, oferecer a cara para levar chapadas, pôr-se a jeito. Que é coisa para a qual se tem que ter pachorra. E eu, com todo o meu feitio conciliador e diplomático, não sei se tenho. Honestamente. Eu lá tenho pachorra para aturar quem não se identifica e, com isso – só por isso, aliás! – se permite dizer baixarias, ofensas, meras graçolas mas que são pejorativas e que ofendem ou simplesmente chateiam a troco de nada, só porque pode? Ná, nem penses nisso.

Aqui a toca ainda não sofreu nenhum ataque de stalkers do género, calma, não estou aramada em boa do alto das minhas duas dezenas de visitantes. Isto ainda agora começou, não sou nenhuma estrela da blogosfera nem tenho pretensões disso, a sério que não. Isto é um hobbie como outro qualquer. Como plantar uma horta ou ler livros. Quem quer, acompanha, quem não quer, não acompanha. Não é simples?

E portanto ativei a moderação de comentários. É quanto baste. Havendo um dia um destes anónimos a querer moer-me a paciência, sou eu que decido se lhe dou antena ou não. E o meu critério será, apenas, o da critica construtiva. Discorda de mim mas tem conteúdo e bons argumentos? Sim, senhora, publique-se. Vem aqui só para contrariar e não se mostra mais sólido que isso? Lamento, meu amigo, ide piar para outra freguesia. Mais que isso, escrever posts de resposta a parvoíces, já acho um bocado… tonto, vá. Se te estás genuinamente nas tintas para quem não se atreve a dar a cara para te dizer o que pensa, então porquê escrever posts a responder-lhes?

Espera. Não sou ingénua. Sei bem porquê. Porque uma polémicazinha sempre atiça as visualizações, não é verdade? Mas isso faz sentido para os superblogs, as tais estrelas da blogosfera. Quanto mais gente a dizer mal, mais polémica, mais visualizações, mais patrocínios e publicidade, mais cresce o tasco. Para quem gere uma coisinha despretensiosa, isso não é válido. Isto serve-me para a paz de espírito. Não para a arruinar.

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