Eu gosto muito das metodologias alternativas ao ensino tradicional. Tendo a concordar que o modelo de aulas expositivas, em que um professor debita matéria para trinta miúdos que interpretam cada um à sua maneira e quem apanhou, apanhou, quem não apanhou, procure explicações fora da escola, está obsoleto e não condiz com os dias de hoje (muito menos com o amanhã, que é a geração que estamos a educar hoje) em que tudo acontece à velocidade da tecnologia e em que o mundo empresarial e corporativo valoriza mais o criativo e empreendedor que tem ideias e que questiona o que lhe é dado, do que o marrão das boas notas que só é bom a debitar o que apreendeu e cuja capacidade crítica será reduzida.
Dito isto, também não sou a favor de fundamentalismos.
Concordo que a escola e a família devem ser dois vetores de uma mesma comunidade e devem andar de mãos dadas e complementar-se na educação. Mas não admito ingerências de uma na esfera de competências da outra. São ridículos os pais que vão tirar satisfações à escola porque não concordam com uma dada apreciação dos seus ricos meninos e culpam os professores, o ensino, o ministro e o periquito, todos!, menos os seus ricos meninos . E são desprovidas de sentido medidas das escolas como convidar os pais ao vegetarianismo, a eliminar símbolos religiosos ou à não-vacinação.
A não-vacinação é uma aberração. Roça o crime público. Estamos no século XXI, longínquo da Revolução Industrial, com tudo o que a ciência desenvolveu até aqui. Um vídeo como o deste artigo, que anda por aí a angustiar grupos de mães, devia ser ficção nos dias de hoje.
E, no entanto, de mão no peito te digo que (ainda) não dei a vacina do meningococo b aos meus filhos. Não o fiz, não por ideologia, mas apenas por apreensão e expectativa, a conselho do pediatra que os segue, cujos argumentos me parecem plausíveis. (se quiseres pergunta-me, que eu reproduzo-tos). Isto não é contraditório com o parágrafo acima: Eu ainda não dei uma vacina que está agora a ser desenvolvida, mas não nego o plano nacional de vacinação, que oferece as vacinas mais que desenvolvidas para as doenças mais que estudadas. E oferece é a palavra chave porque custa zero euros.
Portanto não me venham com ideologias, que de ideologias alternativas gosto eu, procuro-as para a educação dos meus filhos, e não me passa pela cabeça que agora voltemos a ter crianças nesta agonia da tosse convulsa, como no exemplo.
Pela tua nossa saúde!
Eu nem vi o vídeo! A não vacinação às crianças é coisa que me deixa à beira de um ataque de nervos! Como é possível, sequer, permitir?
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Também acho. Devia ser equiparado a mais tratos, negligência ou coisa assim. Mas há escolas que, mais que permitir, advogam-no como parte da ideologia e substituem a entrega do boletim de vacinas por uma declaração dos pais. Eu vi meia dúzia de segundos do filme e fiquei logo nervosa…
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O Srs pais desta vida que decidem não vacinar os seus filhos, estão na mama daqueles que o fazem, caso contrário, nem nos cá estávamos hoje! Irresponsáveis de merda!
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É verdade. Quem não vacina não vê os filhos mais frequentemente doentes porque a esmagadora maioria vacina e isso impede as epidemias.
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E este caso não é único. O sarampo voltou a aparecer na Europa pela mesma razão. Sabem que são os países mais entusiastas destas novas linhas?! Os nórdicos!!!
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