Chegada a hora do lanche, começa-me a vir à ideia aquela senhora que antigamente vinha com um carrinho cheio de sandwiches e bolos – também trazia frutinha e coisinhas saudáveis, mas isso qu’é cá saber! – antigamente, quando as vacas eram gordas e no escritório se contratava esse serviço ao café da frente.
Ainda as vacas não era magras, estavam a iniciar a dieta, vá, e acabou-se com isso. Diz que despesismo. E que a malta podia bem agarrar nas perninhas e ir ao café da frente em vez de vir o carrinho até nós. Tudo bem.
Até porque aqui esta vaca (agora dá-me jeito para a figura de estilo que a coelha passe a ser vaca) estava a engordar a olhos vistos. Numa altura em que as vacas já não eram gordas e estavam a entrar em dieta. Portanto ainda bem.
Mas agora sabia mesmo bem um croissant com chocolate meio quentinho, para descascar com os dedos camada a camada até ficar só com o chocolate semi derretido para o fim, menhaaaaame…
No meio deste disparate todo, vale-me a sensação de que, de facto, estou magra, como as vacas de hoje em dia.